Contra os Gramáticos, de Sexto Empírico: tradução anotada, primeira parte (M 1. 41-96)
Palavras-chave:
Sexto EmpÃrico, Gramática HelenÃstica, Tekhnê, CeticismoResumo
Tradução anotada de parte (M 1. 41-96) do tratado Contra os Gramáticos, escrito pelo filósofo cético pirrônico Sexto Empírico, por volta do séc. II d.C. Nesta seção, Sexto dá início, propriamente, a sua refutação da arte gramatical do período helenístico, disciplina cujo empreendimento amplo relacionava-se então ao estudo da literatura, ou seja: correção, edição, exegese e valoração do cânone literário. Aqui ele põe em xeque o valor dessa disciplina, critica as definições e pretensões apresentadas pelos gramáticos, e introduz qual divisão e partes serão consideradas a seguir. As notas da tradução, além de esclarecerem escolhas tradutórias, pretendem contextualizar e ampliar a discussão sextiana.Referências
ATHERTON, C.; BLANK, D. From Plato to Priscian: Philosophy's legacy to grammar. In: ALLEN, Keith. Oxford Handbook of the History of Linguistics. Oxford: OUP, 2013. p. 283-340.
BARNES, J. Scepticism and Arts. In: HANKINSON, R. J. (Ed.). Method, Metaphysics and Medicine: Studies in the Philosophy of Ancient Medicine, Edmonton: Academic Printing and Publishing, 1988. p. 53-77.
BEKKER, I. (Ed.) Sextus Empiricus. 1842.
BETT, R. (Trad.) Sextus Empiricus: Against the Ethicists. With an introduction and Commentary. Oxford: Clarendon Press, 1997.
BLANK, D. Varro’s anti-analogist. In: FREDE, Dorothea; INWOOD, Brad. (Eds.) Language and Learning: Philosophy of Language in the Hellenistic Age. Cambridge: CUP, 2005. p. 210-238
___________. (Trad.) Sextus Empiricus: Against the Grammarians (Adversus Mathematicos I). With an introduction and commentary. Oxford: Clarendon Press, 1998.
BLOMQVIST, J. Textkritisches zu Sextus Empiricus. In: Eranos, n. 66, 1968, p. 73-100.
BOLZANI, R. Acadêmicos versus Pirrônicos. In: Sképsis, ano IV, v. 7, 2011. p. 5-55.
BURY, R. G. (Ed. e Trad.) Sextus Empiricus. 4 vol. (Loeb). Cambridge: Harvard University Press, 1939 – 1949.
BRITO, R.; HUGUENIN, R. (Trads.) Sexto Empírico: Contra os Gramáticos. São Paulo: Editora Unesp, 2015.
CHAPANSKI, G. (Trad.) Uma tradução da Tekhné Grammatiké, de Dionísio Trácio, para o português. Dissertação de Mestrado. Universidade Federal do Paraná, 2003. (190 pgs.)
DALIMIER, C. (Trad.). Contre les grammairiens. In: PELLEGRIN, Pierre. Sextus Empiricus: Contre les professeurs. Introduction, glossaire et index. Paris: Éditions du Seuil, 2002. p. 67-245.
GIUSTA, M. Review of Mau. In: Riv. di Filologia e d’Istruzione Classica, n. 40, 1962. p. 425-432.
HARVEN, V. de. The coherence of Stoic Ontology. PhD Thesis. University of California, Berkeley: Spring 2012. 97 pgs.
KASTER, R. Guardians of Language: The Grammarian and Society in Late Antiquity. Berkeley: UCP, 1997.
LAW, V.; SLUITER, I.. (Eds.) Dionysius Thrax and the Techne grammatike. Münster: Nodus Publikationen, 1995.
MATTHAIOS, S. Eratosthenes of Cyrene: Readings of his ‘Grammar’ definition. In: ________; MONTANARI, F.; RENGAKOS, A. (Eds.) Ancient Scholarship and Grammar: Archetypes, Concepts and Contexts. Trends in classics - supplementary volumes, 8. Berlin; New York: De Gruyter, 2011. p. 55-86.
MAU, J.; MUTSCHMANN, H. (Eds.) Sexti Empirici opera. vol. 3, Leipzig: Teubner, 1961 (2ª edição)
MORROW, G. (Trad.) Proclus: A commentary on the first book of Euclid’s Elements. Princeton: PUP, 1970.
PAGANI, L. Pioneers of Grammar. Hellenistic Scholarship and the Study of Language. In: MONTANARI, F.; PAGANI, L. (Eds.) From Scholars to Scholia: Chapters in the History of Ancient Greek Scholarship. Trends in Classics – Supplementary Volumes 9. Berlin; New York: De Gruyter, 2011. p. 17-64.
Sch. DThr. = HILGARD, A. (Ed.) Scholia in Dionisium Thracis Artem Grammaticam (Sch. DThr). Leipzig: Teubner, 1901 (= Grammatici Graeci I 3).
SEPPÄNEN, M. Defining the art of grammar: Ancient perceptions of ????????? and grammatica. PhD Thesis. University of Turku. 2014 (265 pgs.)
SLUITER, I. A Champion of analogy: Herodian’s On lexical singularity. In: MATTHAIOS, S.; MONTANARI, F.; RENGAKOS, A. (Eds.) Ancient Scholarship and Grammar: Archetypes, Concepts and Contexts. Trends in classics - supplementary volumes, 8. Berlin; New York: De Gruyter, 2011. p. 291-310.
SVF = ARNIN, I. AB. (Ed.) Stoicorum Veterum Fragmenta (SVF). 2 vols. Stuttgart: Teubner, 1964.
SWIGGERS, P; WOUTERS, A. (Eds.) Grammatical Theory and Philosophy of Language in Antiquity. In: Orbis Supplementa, n. 19, Leuven: Peeters, 2002.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
O conteúdo dos manuscritos enviados é de responsabilidade exclusiva dos autores. Os textos devem ser originais. Caso tenham sido publicados em alguma revista não brasileira, o autor deve claramente indicar o nome, número e data da publicação e país. A editoria decidirá sobre o interesse em publicar na Hypnos.
O conteúdo dos manuscritos foi tácita ou explicitamente aprovada pela autoridades responsáveis onde se realizou a pesquisa.
Se aceito o manuscrito, o autor concorda em permitir sua publicação pela revista Hypnos, declinando de ganhos pecuniários decorrentes de direitos autorais. Caso o manuscrito venha a ser posteriormente publicado em outros meios, o autor concorda em fazer constar os créditos da primeira publicação na subsequente.
Caso o documento submetido inclua figuras, tabelas ou seções extensas de texto previamente publicados, o autor se declara responsável por ter obtido permissão dos detentores originais dos direitos autorais desses itens, tanto para a publicação em linha quanto impressa desta revista. Todo material com direitos autorais deve ter créditos adequadamente atribuídos no manuscrito.